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sábado, 2 de agosto de 2008

A HISTÓRIA DO MANGÁ






Entre 1814 e 1849, o artista japonês Katsushita Hokusai, conhecido no mundo inteiro por suas xilogravuras (Ukiyo-ê), retratou cenas do cotidiano com pessoas em situações e traços pitorescos. Esta coleção de caricaturas recebeu na época o nome de HOKUSAI MANGÁ. Assim nascia o primeiro trabalho que resultaria nos atuais quadrinhos japoneses.
Mas só em 1946, com a publicação do mangá A NOVA ILHA DO TESOURO (Shin Takarajima) produzido pelo artista Osamu Tezuka (1928-1989), este estilo de desenho e narrativa se consagraria. Por este e outros trabalhos como: KIMBA, O LEÃO BRANCO (Jungle Tantei), A PRINCESA E O CAVALEIRO (Ribon no Kishi) e ASTRO BOY (Tetsuwan Atomu), Osamu Tezuka é conhecido no Japão como o "Deus do Mangá".


Quando criança, Tezuka freqüentava espetáculos musicais e ficava fascinado com os olhos das cantoras (que pareciam maiores por causa da maquiagem) e percebeu o quanto eles eram importantes para expressar os mais variados e profundos sentimentos. Assim, os grandes olhos foram introduzidos nos seus desenhos dando origem a um dos mais inconfundíveis traços do mangá.
ESTILOS DE MANGÁS:

Para os japoneses as histórias em quadrinhos são leitura comum de uma faixa etária bem mais abrangente do que a infanto-juvenil; a sociedade japonesa é ávida por leitura e em toda parte vê-se desde adultos até crianças lendo as revistas. Portanto, o público-consumidor é muito extenso, com tiragens na casa dos milhões e o desenvolvimento de vários estilos para agradar a todos os gostos.
Por isso os mangás são comumente classificados de acordo com seu público-alvo. Histórias onde o publico alvo são meninos — o que não quer dizer que garotas não devam lê-los — são chamados de shounen (garoto jovem, adolescente, em japonês) e tratam normalmente de histórias de ação, amizade e aventura. Histórias que atualmente visam meninas são chamados de shoujo (garota jovem em japonês) e têm como característica marcante as sensações e sensibilidade da personagem e do meio (também existem garotos que leêm shojo pois existem shoujos com bastante ação e luta). Além desses, existe o gekigá, que é uma corrente mais realista voltada ao público adulto (não necessariamente são pornográficos ou eróticos) e ainda os gêneros seinen para homens jovens e josei para mulheres. Os traços típicos encontrados nas histórias cômicas (olhos grandes, expressões caricatas) não são encontrados nessa última corrente. Existem também os pornográficos, apelidados hentai. As histórias yuri abordam a relação homossexual feminina e o yaoi (ou Boys Love) trata da relação amorosa entre dois homens, mas ambos não possuem necessariamente cenas de sexo explícito.
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